sábado, 28 de novembro de 2009

Informe

Prezado visitante,
Se esta é a sua primeira passagem pelo Mulher Solteira, seja bem-vindo, a casa é sua. E se você é leitor habitual e tem levado um susto cada vez que esbarra no F5 de sua máquina, pedimos sua compreensão e paciência.
A mudança de layout é o correlato gratuito, indolor e reversível de um novo corte de cabelo. Enquanto a vida real aguarda que o ímpeto de autorreinvenção da blogueira se manifeste, este blog se torna, provisoriamente, o palco de pequenos e constantes ensaios de renovação.
Por favor, não desanime. Sua visita é muito importante para nós.
Pela atenção, obrigada.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Posteridade

O copo está meio cheio ou meio vazio? O senso comum se encarrega de nos lembrar que toda situação tem, no mínimo, dois lados, a depender da perspectiva de quem a vê. Quando minha mãe, constrita, contou a uma amiga de longa data que meu pai estava em Nova Iorque durante o ataque ao World Trade Center, e ainda não havia conseguido voltar para o Brasil porque os aeroportos estavam interditados, a reação da tia Regina foi imediata e, digamos, surpreendente: “Eliana, que BÁRBARO!!! O Coaraci está vivendo um momento histórico!”

De fato: passado o susto, a preocupação, a angústia, e descontado o fato de se tratar de uma enorme tragédia com marcas indeléveis, hoje meu pai bem que gosta de contar com detalhes tudo o que viveu e presenciou durante aqueles dias que passou em Nova Iorque, hospedado em um hotel na periferia da cidade, aguardando o momento de poder voltar para casa. Foi uma daquelas experiências que ficam para a posteridade.
Isso posto, poderia não ser de todo ruim o fato de eu estar no Shopping Bourbon durante o começo de incêndio ocorrido algumas semanas atrás. Seria, no mínimo, história para se contar aos netos: “Eram idos de 2009... Jamais imaginara que naquela tarde tão pacata, algo tão impressionante estava para acontecer... As labaredas atingiam quase cinco metros, o calor era insuportável... [...] Então, mantendo toda a calma, ajudei a socorrer as vítimas, conduzi os velhinhos para a saída e ganhei uma medalha de bravura”. Ou, talvez de forma um pouco mais modesta, mas nem por isso menos emocionante: “foram momentos de muita tensão, mas felizmente não houve vítimas e tudo acabou bem”. No entanto, nem para isso aquele projeto de incêndio me valeu.
Eu pagava tranquilamente um cafezinho e um alfajor no Havana Café quando alguém comentou com o atendente sobre o começo de incêndio. À nossa volta, tudo permanecia calmo. Depois de alguns segundos, olhei para trás e percebi um movimento mais intenso de pessoas caminhando para as escadas. Um pouco sem saber o que fazer, acabei de pagar a minha conta e resolvi “seguir o fluxo”. Alguns se encaminhavam para a escada rolante, outros para a escada não rolante. Meu carro estava no estacionamento, no quinto andar. E agora? Digamos que não é exatamente sensato subir as escadas rolantes durante um incêndio, mas por falta de orientação e já que todo mundo o fazia, resolvi testar. Será que saio sem pagar o estacionamento? Digamos que não é exatamente inteligente se preocupar em validar o tíquete durante um incêndio, mas imagina se eles não liberam a cancela do estacionamento, vou passar o maior carão e ainda barrar a passagem dos outros carros. Por falta de orientação, e já que todo mundo o fazia, resolvi pagar. Fila quilométrica para sair do Shopping. Nem sinal de fumaça. Muito menos de fogo.
Alguns minutos depois, já na rua, vejo um aglomerado de gente, lojistas uniformizadas, carros da imprensa. Nada de bombeiros. Ligo o rádio, tentando descobrir alguma informação. Nada...
Mais tarde, já em casa, recebo telefonema da Mãe Sereia: “Filha, você viu que teve um começo de incêndio lá no Bourbon?” Respondo: “Pois é, ver eu não vi, mas bem que eu estava lá!”
Com uma calma incomum para o porte da situação, ela continua: “Han-han, pois é, imaginei... Eu sabia que era um horário possível de você estar lá, almoçando. Mas como disseram que foi um evento bem controlado, apenas um começo de incêndio no quinto andar do estacionamento, não me preocupei...”.
E eu: “Ah, que curioso, pois o meu carro estava no quinto andar do estacionamento e não vi ABSOLUTAMENTE NADA! E olha que depois que informaram sobre o incêndio ainda deu tempo de subir a escada rolante, pegar a fila do caixa, pagar o tíquete e enfrentar o rush na saída do estacionamento!”
Enfim... Não consegui fazer o que precisava no Shopping e nem mesmo tenho uma boa história para contar. O máximo de “posteridade” que aquele evento me rendeu foi isso aqui: um post!

***
De volta depois de longo e tenebroso inverno. Mas não foi culpa do incêndio!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Truco, marreco!

O Instituto Mulher Solteira de Pesquisa Avançada dos Esportes Radicais de Compreensão da Mente Masculina, Estudos Anexos e Afins informa:


Estamos há 33 0 dias sem escrever

(Pequeno blefe de efeito moral. O que falta de tempo sobra em malandragem, suingue e senso de humor – e modéstia, é claro)