quarta-feira, 18 de junho de 2008

Olhos meus

Se há algo a celebrar nos pequenos e grandes desvios é o poder que eles têm de colocar em relevo as miudezas que, outra feita, seriam invisíveis aos nossos olhos.

O metrô sempre tão cheio de poesia concreta. Lá os vi. De longe e de costas um único corpo. Vencidas distâncias, a figura ainda não encontrava equivalência nas categorias do meu conhecer. Seria uma mulher, amparada pelo companheiro, se locomovendo com o auxílio de um andador? Foi só no emparelhar que realmente os apreendi: os dois cegos, braços tão entrelaçados que eram um, as bengalas tateando o caminho em movimentos sincrônicos de pára-brisa, vup-vup, vup-vup, varrendo o chão, marcando o compasso. Ele, mais alto, protetoramente envolvendo as costas dela, mas sem hierarquia. O que lhes faltava de olhos sobrava de harmonia.

Não era eu a única a me admirar da cena. Havia quase uma suspensão coletiva dos pequenos aconteceres no olhar o casal. Se por um segundo suspeitávamos – a escada! O degrau! A coluna! – eles jamais se abalavam e nada perturbava a sua caminhada. As bengalas astutamente alertavam o porvir e seguiam, resolutas. Sem sobressaltos.

E o se dar conta de que tudo o que se poderia um-dia-pensar-dizer sobre o amor estava ali, condensado na singela, onze horas da manhã, meio da multidão.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Troféu-joinha: Dia dos namorados

Eu sou bem mais um Gitti do que um Cafa, mas esse ano o post de Dia dos Namorados do nosso amigo superou todos os concorrentes.
Já que o tempo ruge e a falta de inspiração abunda, deixo-os em boa companhia.
Leiam e se deliciem com as dicas do Cafa para as solteiras nesse 12 de junho.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Sex and the city

Dane-se que a vida não tem aquele glamour. Amei cada segundo. Ri, chorei, sofri, me apaixonei pela Carrie de novo, perdoei o Big mais uma vez.
E quem me chamou de Cris Bradshaw estava certo: também acho que o amor é a única grife que nunca sai de moda.