quinta-feira, 6 de março de 2008

Mulheres apaixonadas

“O dia do meu casamento foi um dia muito, muito feliz na minha vida. Embora a gente já morasse junto há algum tempo, resolvemos casar no civil. Eu e ele queríamos oferecer uma festa para os amigos, e alguém precisava pagar por essa festa... Mas, além disso, muito acima disso, eu quis dar esse casamento de presente para o meu pai. Eu era a filha mais nova, a única que ainda não tinha casado. E fiz questão que o meu pai me conduzisse até o juiz de paz diante de todos os meus amigos, que me levasse pelo braço e me entregasse para o meu futuro marido. Ensaiamos essa entrada milhares de vezes. Se você me perguntasse naquela época, eu não saberia te dizer por quem estava mais apaixonada: se por ele ou pelo meu pai...”.

4 comentários:

Renatinha disse...

Paixão pelo pai é sempre maior que qq outra paixão....
bjs
Re

Anônimo disse...

Num é incrível quando chegamos no ponto de nossas existências que podemos olhar para esse tipo de situação e ver as coisas por outra perspectiva ?

Acho isso maravilhoso e por incrível que pareça ao invés do julgamento branco e preto da juventude...aprendemos a apreciar os tons de cinza =)

Parabéns pelo post =)

Anônimo disse...

Posso depor também?

Embora eu tenha dito, durante todo o tempo de preparativos, que era uma bobagem acreditar que o dia do casamento seria o mais feliz da minha vida, acabei dando o braço a torcer.

O dia do meu casamento, foi sim, pelo menos até agora, o mais feliz da minha vida.

Queria poder guardá-lo em uma caixinha e, vez outra, revisitá-lo.

Não haverá briga que a lembrança do sorriso do "noivo" não me faça perdoar; solidão que o calor ainda vivo dos abraços dos amigos não faça passar; crise de auto-estima que as minhas fotos de noiva empolgadíssima não apaziguem.

Estava apaixonada pelo meu marido, pela minha família tão maluca e tão minha, pelos amigos de sempre ou de quase nunca, pela minha história, pela vida. Por ter tido a certeza de que deu tudo certo, de que todos foram redimidos e de a vida é isso mesmo.

Mulher Solteira disse...

Rê,
Freud que o diga, não? ;)

Edu,
que bom que você também conseguiu apreciar a beleza desse depoimento... quando ouvi uma amiga minha falando isso, tive certeza de que precisava deixar registrado. Obrigada pelo carinho!

Querida anônima,
que coisa maravilhosa ouvir isso de você e saber que todo aquele estresse, cansaço e tensão valeram a pena para te proporcionar o dia mais feliz da sua vida.
Saiba que também foi um dia muito, muito feliz para mim... (embora eu ainda não tenha visto as fotos, salvo engano chorei em 3/4 da cerimônia!).
Adoro fazer parte da sua vida.

P.S.: você é sempre tão... apoteótica! ;) Hahahahahahahaha