sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Hoje

Onde estão as palavras que ontem jorravam de dentro de mim? Sento diante do computador e nada me ocorre. Não é que eu não tenha sobre o que escrever. Não é que eu tenha deixado de pensar um segundo sequer sobre tudo e qualquer coisa, eu, eu e o outro, eu e o mundo, o outro e os outros, o outro e o mundo e toda a análise combinatória possível. Pelo contrário, andei colhendo conselhos amigos em busca de uma condição um pouco menos existencial, porque essa pílula vermelha às vezes me esgota a ponto de ter de dormir doze horas seguidas pra enfrentar a vida (ou o pensar sobre ela).

A resposta é singela. Estou à margem. Vejo tudo de longe. Há tempos que nada me toca profundamente. É por isso que nada espero desse texto, pois que a minha condição de escrita é o arrebatamento, seja por uma idéia, uma pessoa, um sentimento, uma lembrança, uma dor.

É uma triste constatação, mas no meu atual cenário mental, tendo a achar que o vazio também precisa ser vivido. Há o vazio leve, gaiato, vira-lata. Há o vazio existencial, aterrorizante. E há o vazio lúcido, cético e analisado.

Pra esse não há remédio a não ser esperar que a vida se encarregue de trazer novos amores.

3 comentários:

Anônimo disse...

...só posso dizer que a vida sempre traz o novo, novos amores, novos ares, novos desafios, novas provocações, mas geralmente é quando menos esperamos. Portanto, serenidade para o vazio cético e lúcido, uma hora a gente volta ficar louco e inconsequente...rs.Bj!

Anônimo disse...

necessário, eu diria.

e concordo com o comentário acima.
logo, logo a loucura e inconsequência tomará conta de ti!

beijo.

Anônimo disse...

Sall,

também acho e tenho procurado pôr em prática, mas sem esquecer que tem uma parte que cabe a nós!

Drika,
oxalá, minha amiga!