Caí. De maduro.
Jovem, saudável, inteligente, descolada, independente, articulada. (Acima de tudo, modesta.)
Mesmo assim, caí. De quatro. De boca. De sola. Como diriam os cariocas: me ishhhtabaquei no chão. E ishhhhcangalhei os joelhos.
Tombo daqueles de se olhar em volta para avaliar o tamanho do vexame. De sentir pena de si mesma pela sua fragilidade, vulnerabilidade e insignificância. Aqueles tombos que machucam principalmente a moral.
Não me lembro se no momento do tombo me ocorria algum pensamento de grandiosidade, mas o contraste foi grande: em um segundo eu era a dona da rua, a musa de Perdizes, a cidadã do mundo, a senhora do meu nariz; no segundo seguinte, beijava o chão, calças rasgadas no joelho, mãos esfoladas.
Nem sabe se quer que alguém ajude ou se prefere que todo mundo finja que não viu. Dói cair e dói saber que o mundo continua girando apesar do seu tombo. Se não há platéia, o negócio é engolir o choro e continuar a caminhada. Ver a dor diminuir aos poucos, com o caminho.
Não tem jeito. Cair, todo mundo cai. A questão é como se levanta.
Jovem, saudável, inteligente, descolada, independente, articulada. (Acima de tudo, modesta.)
Mesmo assim, caí. De quatro. De boca. De sola. Como diriam os cariocas: me ishhhtabaquei no chão. E ishhhhcangalhei os joelhos.
Tombo daqueles de se olhar em volta para avaliar o tamanho do vexame. De sentir pena de si mesma pela sua fragilidade, vulnerabilidade e insignificância. Aqueles tombos que machucam principalmente a moral.
Não me lembro se no momento do tombo me ocorria algum pensamento de grandiosidade, mas o contraste foi grande: em um segundo eu era a dona da rua, a musa de Perdizes, a cidadã do mundo, a senhora do meu nariz; no segundo seguinte, beijava o chão, calças rasgadas no joelho, mãos esfoladas.
Nem sabe se quer que alguém ajude ou se prefere que todo mundo finja que não viu. Dói cair e dói saber que o mundo continua girando apesar do seu tombo. Se não há platéia, o negócio é engolir o choro e continuar a caminhada. Ver a dor diminuir aos poucos, com o caminho.
Não tem jeito. Cair, todo mundo cai. A questão é como se levanta.
9 comentários:
Legal encontrar seu post quentinho! Lendo vc me lembrei de uma vez que caí na escada na saída do prédio do Finasa, na Rua Líbero Badaró. Eu trabalhava em Sampa e voltava semanalmente pra Campinas, com uma mochila nas costas que pesava uns 30 quilos. Eu de salto e mochila nas costas... todo mundo viu a minha queda. Ainda tentaram me dar a mão, mas eu estava completamente atordoada. Saí de férias justamente naquele dia. Viajei pra longe, me diverti e voltei pra Sampa ainda com hematomas, mas com a vida definitivamente enganchada à de outra pessoa. Será que é um sinal que de dentro da terra??? kkkk Continuo sua fã. Beijão.
Eu já me ishhhtabaquei em frente ao Fórum, horário de pico. Caí do salto, literalmente. E ainda tava de tailler.
Estava com duas pessoas que trabalhavam comigo. Uma teve um ataque de riso e ficou imóvel. A outra, em menos de um segundo, me deu a mão e me ergueu com uma força descomunal, sem esboçar um sorriso ou dizer algo.
Uma delas tornou-se minha melhor amiga. Acho que nem preciso dizer qual é :)
Espero que esteja bem!
hahaha a gente se sente tão patética!
Outro dia cai e rasguei minha calça novinha..... mas foi minha pequena vira-lata que se apaixonou pelo labrador embaixo da ladeira.... e resolveu me levar para conhece-lo melhor....
O mais importante em cada tombo, é rir de si mesma e levantar a cabeça.... rsrsrsr
beijos
Re
Manelson,
minha tendência quando eu caio é ficar com raivinha se alguém faz uma cara de peninha. E indignação se ninguém faz nada. A gente nunca tá contente.. rs
Mas uma coisa desconcertante mesmo é ver alguém caindo. Porque a gente não sabe o que fazer. E, no meu caso, tem um agrvante. Eu tenho um senso de humor meio pastelão e quase sempre preciso segurar o riso...
People are strange, né?
beijocas, mana
A primeira vez que me estabaquei e tive consciencia desse estabaco, tinha 13 anos. Eu usava uma calça jeans e estava fugindo da chuva e indo para o colégio. Era minha única calça jeans e tive que andar com aquele furo no joelho durante um bom tempo até que minha mãe remendasse a calça.
Hoje, com exceção de idosos e crianças, normalmente eu esboço um riso e vou lá ajudar! Já levei muito tombo pela vida e já rasguei outras calças jeans.
....... Acontece !!!
exatamente! importante é como se levanta. eu caio toda hora. tô muito madura! hhehehe
ah, mas preciso te corrigir! nós falamos com x. ixxxtabaquei.
beijos.
Quando caio na frente de amigos, sou a primeira a dar risada. Porque é patético, mesmo, melhor rir que chorar. O duro de cair sozinha é que, se começar a rir, ainda por cima passa por doida...
Mas o duro é isso: eu caio, porque sou estabanada e meu pé vira com frequencia. Minha mãe cai, porque tem pé pequeno, que também vira com frequencia. Agora, nas raras vezes que minha avó cai, é porque é velha? Ela tem até vergonha de contar, porque sabe que é isso que as pessoas acham. Sem pensar que tombos, aqui, são de família!
Ai, Cris...nem sei o que falar...fiquei com uma peninha...sorry!
Amarilis querida,
que bom que do tombo saiu alguma coisa boa! Não sei se dá para fazer uma associação desse tipo, mas é importante saber que acontece com todo mundo, né?
Beijão, sou sua fã também.
Carol,
e eu que nem sabia que você tinha melhor amiga, hein? Humpf... ciuminho... :) Mas essa aí mandou bem mesmo, merece o posto.
Rê,
que danada a mocinha, hein? Hahahahaha! Pelo menos esse tombo foi por uma boa causa...
Rir de si mesmo exige um certo despredimento, mas a gente no mínimo tem que exercitar a não-auto-piedade... Beijoca!
Manélson,
acho que foi por isso mesmo que resolvi escrever esse post... como é difícil saber como se comportar ao cair ou presenciar um tombo, não? E o pior é que acontece com todo mundo!
Mas não acho que o riso seja só decorrência de humor pastelão... o titio Freud já falou algo sobre isso, quando eu estiver mais espertinha desenvolvo o tópico!
Beth, bom jeito de sintetizar o assunto: acontece! Que bom que os seus estabacos na vida te deram essa serenidade para estender a mão a alguém que está passando por isso... :)
Drika, sabe que testei com um "x" e achei que ficou meio esquisito? Hahahahaahah... vamos fingir que eu escrevi com o alfabeto fonético, vai...
MH,
eu também sou do tipo que cai muito... ou dou aquelas torcidas de pé do nada. Realmente, cair todo mundo cai, mas quando é alguém mais velho a gente fica de coração partido, não? Minha vó outro dia caiu do ônibus e fraturou o braço... que peninha, gente!
Tia, obrigada pela solidariedade, mas não foi nada sério, viu? É como eu disse no post, dói mais na auto-estima do que no corpo, hehehehehehe... ;)
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