domingo, 4 de maio de 2008

Sempre ela

A vizinha reagiu com indignação quando eu disse que me sentia invisível e, pela primeira vez em muito tempo, finalmente começava a me sentir notada por um certo rapaz.

Ela tinha razão ao achar que a minha metáfora era um tanto autodepreciativa, mas pedi que ela não fosse tão literal e entendesse o que eu tentava lhe explicar: que em meio a uma vida tão ordinária e banal, finalmente alguém parecia ver em mim a riqueza interior que eu acreditava ter e tanto desejava compartilhar. Afinal, passamos a vida alimentando a fantasia de que somos especiais e desejando ardentemente que alguém de nosso agrado considere nossa “especialidade” irresistível. Ainda um pouco desconfiada, ela acabou engolindo a minha tese.

Só mais tarde, refletindo sobre a conversa, fui rir da minha santa ingenuidade e lembrar o que realmente nos torna visíveis perante os olhos masculinos: a bunda.

4 comentários:

Amarilis disse...

Você se supera a cada novo post. Fui lendo, me tornando sonhadora a cada linha. Pra no fim despencar sem paraquedas direto na realidade. Puxa, doí de perplexidade! rsrsrs. Beijo.

Renatinha disse...

rsrsrsrs como sempre me divertindo....
ótimo post.
beijos
Re.
PS. vc viu meu e mail? deixei anotado no meu blog para vc.
beijos

Anônimo disse...

e peitos!

Mulher Solteira disse...

Amarilis,
foi assim mesmo que me senti durante as minhas divagações! Primeiro romântica e sonhadora, depois realista e pragmática. ;)

Rê,
valeu! Anotei o seu e-mail, logo logo faço contato. Beijoca!

Drika,
indeed. Mas, como não é o meu forte, preferi ressaltar aquilo que em mim "abunda", heheheheh...