domingo, 29 de julho de 2007

Boca suja

Eu nunca fui das mais descoladas na hora de dar nome aos bois quando o assunto é sexo, ou mesmo me referir às recônditas regiões onde se localizam os principais pontos de envio de estímulos para a central de operações do prazer masculino e feminino. Tenho algumas amigas que usam com tranqüilidade as expressões mais chulas, ou simplesmente mais populares, para nomear os dito-cujos locais ou mesmo o “ato em si” (que a Nana deliciosamente chama de “vuco vuco”), mas eu sempre preferi eufemismos como “países baixos”, “liberar o Caribe”, “periquita(o)”, “Regininha” (nos tempos da Poltergeist) ou mesmo Marinara (explode, coração!).

Com o tempo e a maturidade, fiquei mais à vontade para usar frases do tipo “você deu?” com as amigas mais íntimas. Quem me conhece bem, aliás, sabe que eu não tenho nenhum problema de falar sobre sexo. Mas até hoje fico levemente sem graça quando alguém perto de mim usa palavras como “trepada” ou mesmo a temida que começa com a letra “b” e me recuso a grafar aqui neste blog. Eu prefiro escorregar pelas metáforas e manter uma certa reverência às minhas origens protestantes, ainda que elas sejam oficialmente negadas para todos os outros fins.

Dia desses, no entanto, conversava sobre o assunto com uma amiga que, em geral bastante fechada e um tanto formal, tem aos poucos se sentido mais à vontade para trocar algumas idéias e experiências comigo. Lá pelas tantas, ela comentou como estava satisfeita com as primeiras experiências sexuais que havia tido com o novo parceiro e o quanto era um alívio conhecer alguém que gostava de sexo e o encarava com naturalidade, como ela. Insistindo na importância da afinidade sexual para que um relacionamento vá para frente, ela me solta a seguinte pérola:

- Eu já passei pela experiência de conhecer homens que não tinham algumas características que eu considerava que eram importantes para me proporcionar prazer.

Pensei durante três segundos.

- Eles tinham pau pequeno?
- Ahan.

Depois do nosso ataque de riso, ela se encheu de uma coragem e ousadia recém-adquirida e ainda acrescentou:

- Não é bem que era pequeno... era fino, sabe? Aí não dá...

7 comentários:

MH disse...

hahaha
jantando com as "lulus" dia desses, aquela nossa amiga espivetada fez até uma demonstração física do cara de pau fino... tipo, levantou os braços e ficou balançando de um lado pro outro... quase morremos de rir!

Drika disse...

� � complicado!

pior qdo o dito � fino e pequeno tamb�m. a� pede arrego!
(nossa, q express�o absurdamente carioca! =)
beijo.

Gastón disse...

Cris,

e os apelidinhos para as partes íntimas? Cara, isso é a coisa mais brochante ever. Grosso ou fino, não tem quem não desista.

Anônimo disse...

hahahahaha...
A mm lembrança que a MH comentou foi despertada! Imperdível vc conhecer a demonstração do "amigo balançando"!! IM PER DÍ VEL!!!!!!

fabiana disse...

Apelidinhos 'fofinhos' para as partes íntimas são o cúmulo do ridículo!

Nana disse...

Nem fino nem pequeno! Credo!

Anônimo disse...

MH,

só podia ter sido a nossa amiga espevitada, né? Só podia... (quero jantar de lulus também!)


Drika,

olha, eu sou bem democrática. Nunca me incomodei com esse tipo de coisa (de verdade).

Gasta,

eu confesso que se forem apelidinhos divertidos tão valendo pra mim. Acho que a graça fica a meio caminho entre a "fofice" e a "desbocação". Mas essa sou eu, enfim...

Aninha,

já tá anotado e vou cobrar no meu próximo encontro com a "espevitada" ;)

Fabiana,

é como eu disse: divertido sim, fofinho não!

Nana,

bom, o comentário da minha amiga não expressa necessariamente a minha opinião... acho que toda panela tem sua tampa, né? Hehehehehehe